Muito boa

15.02.07

Sátira aos homens, quando estão com gripe, de
António Lobo Antunes

Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas,  creme na pele.
Grito de medo, chamo a mulher,
Ai Lurdes, que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os Miúdos, fecha a janela.
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
Se TU soubesses como me sinto,
Já vejo a morte, nunca te minto.
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
Anjos estranhos, cornos e rabos.
Vejo demónios nas suas Danças,
 Tigres sem listras, bodes sem tranças,
Choros de coruja, risos de grilo,
Ai Lurdes, Lurdes, FICA comigo.
Não é o pingo duma torneira,
põe-me a santinha à cabeceira,
compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes, nem dás por nada!
Faz-me tisanas e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sozinho a apodrecer.
Ai Lurdes, Lurdes, que vou morrer...

publicado por abelhinha às 21:31

Desabafo....

15.02.07

Já tivemos esta conversa vezes sem conta….Mas apenas no meu pensamento porque na realidade nunca tive coragem para te abordar e dizer tudo o que me vai na alma…. Pensando bem acho que seria uma atitude egoísta da minha parte...Este é um assunto meu, do qual tu não tens culpa, por isso eu é que o tenho que resolver. O que aliás já fiz, de maneira atabalhoada é verdade, mas era a única que sabia. Sei que nunca te vou ter mas também te posso dizer que ficarás sempre no meu coração.

 Até sempre………..

sinto-me: nostálgica
publicado por abelhinha às 17:32

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